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By Ferramentas Blog

segunda-feira, novembro 14, 2011

Formação com oito agroglifos surgiu em Ipuaçu no domingo

Nova ocorrência em Santa Catarina surpreende até os mais céticos
Por Paulo R. Poian – 08/11/2011

Logo após o início do surgimento de misteriosas figuras em campos catarinenses a partir de 31 de outubro [Veja matérias exclusivas relacionadas ao final da postagem], ao entardecer do domingo (06) uma literal "formação" de agroglifos foi encontrada em Ipuaçu, noroeste de Santa Catarina, novamente em plantações de trigo. Desta vez, são oito figuras simultâneas e surpreenderiam pelo tamanho - algo em torno de 50 m de extensão total, à confirmar.
Os agroglifos já apareceram em Ipuaçu em três anos anteriores (
2008, 2009 e 2010).
O arquiteto e consultor da Revista UFO Antonio Fontenele, ao ficar sabendo da notícia na manhã desta segunda-feira, contatou um conhecido que mora na cidade, o Tchello (Twitter: @__TcHeLLo__), que atendeu imediatamente a solicitação e encaminhou algumas das fotos batidas no local. Ele comentou que "parecem um cálice", talvez do chão ao topo do trigal.
Tchello acrescentou que havia um avião sobrevoando a região, possivelmente obtendo imagens aéreas. Outra fonte de Ipuaçu, Jorge Dalzot, relatou que a cidade está apreensiva porque o fenômeno desta vez superou todas as expectativas. A prefeitura vai fazer fotos aéreas e receberemos as imagens. Dalzot acompanhou todos os agroglifos anteriores na região e está estupefato com estes novos casos.
Mais dois
Há outra notícia narrando a descoberta de mais duas figuras nesta segunda-feira nas proximidades e já confirmada pela prefeitura do município, o que aumenta para 10 os agroglifos - em menos de 24 horas - em Ipuaçu.
"Eu recebi agora a pouco, através do colaborador Tchello, de Ipuaçu, um arquivo .PDF que foi enviado por um colega dele, que esteve hoje a tarde na localidade. Esse homem tirou medidas e fez um desenho que eu reproduzi esquematicamente no AutoCAD [Figura abaixo]. De acordo com o desenho - quatro desses círculos representados, sendo que o maior teria diâmetro de 4,2 m - estariam ligados por três retas iguais de 11,3 m ao círculo maior. A largura das retas não foi informada, só o comprimento", informou Fontenele.
Representação de quatro dos 10 círculos, que estariam ligados entre si
Representação de quatro dos 10 círculos, que estariam ligados entre si.
"Se este desenho for realmente o que está lá, trata-se de um agroglifo tão significante quanto a "seta" de 2009 e os crop circles ingleses", opinou ele.
Um dos agroglifos da formação com 10 figuras surgidas no dia 06 de novembro
Um dos agroglifos da formação com 10 figuras surgida no dia 06 de novembro.

O ufólogo A. J. Gevaerd voltou no sábado (05) a noite de Santa Catarina, onde esteve investigando os novos agroglifos surgidos na semana passada. Foram quase 1.000 km percorridos em 36 horas, dos quais uns 200 em estradas de chão e carreadores de fazendas, para pesquisá-los. Falou com algumas dúzias de pessoas em busca de testemunhas, de vestígios, opiniões e informações.

Na mesma região de Ipuaçu, Bom Jesus, Abelardo Luz e Xanxerê, cidades situadas em um raio de 30 a 35 km, teve a enorme sorte de encontrar o novo agroglifo de Ouro Verde apenas algumas horas depois de descoberto, e dentro dele pôde fazer sua pesquisa sem incomodação de populares e da imprensa. A figura estava praticamente intocada e, tanto quanto o de Bom Jesus, ao contrário de anos anteriores, não parece ter atraído muita atenção da população, talvez por esta já estar se acostumando ao fenômeno.

O agroglifo em questão tem 14 m de diâmetro e suas plantas de trigo estão dobradas no típico formato espiralado em sentido anti-horário. Ao redor dele há um "muro" de plantas intocadas de uns 100 a 120 cm de espessura e, então, um anel externo de mesma configuração, com plantas também dobradas no sentido anti-horário. A formação toda está em um declive de cinco a 10 graus, o que em nada afeta suas características [Veja As primeiras imagens do agroglifo em Ouro Verde].

"Ao contrário do que pensam alguns curiosos, ele não é perfeito, mas tem imperfeições naturais que encontramos neste fenômeno e podem ou não ser propositais, ou seja, causadas pelas inteligências autoras das formações. Tentei e consegui sinal de celular da Tim em meu aparelho, um iPhone 3GS, sendo que aquela operadora não está presente na região, apenas a Claro. O sinal, no entanto, foi insuficiente para originar uma chamada ou mesmo enviar um torpedo", informou Gevaerd.

"Consultei várias testemunhas e absolutamente ninguém viu ou ouviu coisa alguma, seja na noite imediatamente anterior à formação, como é comum, seja em noites durante a semana. Nada. Este agroglifo está no topo de um pequeno morro, bem distante do carreador que lhe dá acesso, uns 400 m, e chegar até ele não é fácil, pois as plantas estão altas, já maduras parta colheita. A uns 50 ou 60 m acima dele há uma pequena reserva natural de mata, que não penetrei", relatou o ufólogo.

E continuou: "A alegação de que o agroglifo é falso devido a marcas de pneus não se sustenta minimamente, porque tais marcas estão por toda a plantação e são de tratores que tratam da colheita com químicos, sendo que a última vez que foram produzidas foi há vários dias. Tanto que elas, que cortam o agroglifo, são cobertas pelas plantas dobradas".

Depois de checar a figura de Ouro Verde, Gevaerd foi ainda na sexta-feira (4) ao de Bom Jesus, uns 10 km adiante na direção sul, que na verdade é composto de dois círculos. Um deles é pequeno e tem 4,5 m de diâmetro e outro, maior, os mesmos 14 m de diâmetro do de Ouro Verde. Segundo o pesquisador, ambos estavam com as plantas dobradas em formato típico espiralado no sentido anti-horário. O anel do círculo maior - o menor não possuía -, um tanto tosco para os padrões conhecidos em SC, tinha uns 30 ou 40 cm de espessura e estava no sentido horário.

Características legítimas
crédito: A. J. Gevaerd/Revista UFO
O Ufólogos Gevaerd no centro do círculo surgidono município de Ouro Verde
O ufólogo Gevaerd no centro do círculo surgido no município de Ouro Verde
 A "parede" ou "muro" de plantas intactas entre as peças tinha a mesma espessura. Também ali não encontrou qualquer sinal de fraude. As figuras foram descobertas na tarde de 31 de outubro e sofreram fortes chuvas todo o dia 01 de novembro, mas as plantas resistiram dobradas e aparentemente seguem crescendo assim. Em algumas áreas parece haver tufos de plantas tentando voltar à sua posição normal. A colheita pode ser feita a qualquer instante.

Gevaerd foi a outras formações, já no cair da noite de sexta [Relatório mais detalhado será divulgado posteriormente]. No sábado bem cedo aproveitou o dia de boas condições para percorrer a região, falar com mais pessoas em busca de novos agroglifos e de novas testemunhas, não obtendo nada relevante. Foi então, no final da manhã, à Ipuaçu visitar alguns amigos e encontrou o funcionário da prefeitura Jorge Dalzot, que nos comunicou no ano passado, ainda que tardiamente, um agroglifo também naquela cidade, que foi a primeira onde o fenômeno se manifestou em 2008. Dalzot disse não haver ainda nenhum caso novo por lá este ano, o que outros moradores confirmaram, todos evidentemente ansiosos por novos fatos.

"Tendo acompanhado o surgimento dos primeiros casos de círculos ingleses no país desde a ocorrência inicial, em novembro de 2008, e nos anos seguintes, e agora ido a Santa Catarina para novamente pesquisar in locu os novos fenômenos, posso atestar que encontrei neles as mesmas características que têm agroglifos de outros países, tanto aquelas que conheci pessoalmente quanto as que estão descritas na literatura e que também me atestaram os especialistas consultados", disse Gevaerd.

"Não tenho absolutamente nenhuma indicação de que as novas formações possam ser resultado da ação humana. Nada encontrei que me levasse a pensar assim, e olhem que busquei por evidências neste sentido para substanciar minhas conclusões, não as encontrando. Corroboram com minha opinião alguns fazendeiros consultados, técnicos agrícolas e ruralistas habituados à plantação e colheita do trigo, que me alegaram desconhecer a existência de método ou máquina que resulte naquele efeito", completou.

Sobre amostragens de plantas e solo para análise, Gevaerd enfatizou que desta vez não recolheu nada, "porque nos anos anteriores, quando colhi e levei para laboratórios, não consegui que nenhum fizesse qualquer exame, por ceticismo. Então, me limitei, em entrevistas concedidas, a pedir às inúmeras entidades e órgãos ligados à agricultura em SC - e naquela região há várias -, que o fizessem".

"Estou receoso e lamentando, contudo, que novamente praticamente nenhum pesquisador tenha decidido investigá-los in locu, como eu fiz, e ainda exista muito ceticismo em torno desses fatos, curiosamente vindo justamente por parte de quem não demostra nenhum interesse em pesquisá-los pessoalmente", finalizou.

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